O atraso politico do nacionalismo autonomista galego

  • Categoría de la entrada:Libros
  • Publicación de la entrada:29/07/2013

Índice
1. De espanhol para galego
2. O quadro político e económico
3. A ruralidade galega
4. Os efeitos da liquidação do «atraso»
5. Galiza e a questão nacional
6. Conclusão provisória
Excertos do texto

Capítulo I. De espanhol para galego:O livro considerado manifesta uma conversão do autor a um verdadeiro galeguismo militante (depois ver-se-á qual), porquanto anteriormente tinha publicado em castelhano, exteriorizando sempre a mesma ideia fixa, que o «atraso económico» era —e, ao que parece, segue a ser— o problema número um da Galiza, a resolver por meio de um programa de acelerado desenvolvimento económico, em que a industrialização desempenhava a função principal.

Capítulo II. O quadro político e económico:
Efetivamente, de todos os povos submetidos pelo Estado espanhol, o galego, porquanto rural e agrário, caracterizou-se por afirmar com mais determinação a sua essência particular, estilo de vida, idiossincrasia, língua, cosmovisão e escala de valores, até se converter num grave problema para Madrid que, em vista dos limitados resultados conseguidos pelas políticas modernizadoras, teve que acudir a medidas extraordinárias, de tipo político, ideológico, académico e linguístico, para contribuir a dominar a resistência.

Capítulo III. A ruralidade galega:
O criativo mundo rural galego, com a instituição do concelho aberto, ou assembleia aldeã, ao mesmo tempo deliberante, decisória, legislativa, executiva, judicial e reitora da vida económica local, oferece um modelo de autogoverno para o futuro, desde que tal formulação leve a inspirar-se nele e não, como é lógico, a pretender decalcá-lo, pois hoje, no século XXI, o imprescindível é refletir criativamente, tomando o positivo do passado, mas sem o copiar de forma mimética, visto que a cada momento da história corresponde a sua própria particularidade, que é única e irrepetível.
(…)

A verdade é que o mundo tradicional rural galego, onde até meados do século XIX vivia 90% da população da Galiza, tinha como características próprias uma riquíssima rede de relacionamentos de apoio, afeto e serviço mútuos extraordinariamente intensas, sinceras, complexas, eficientes e exuberantes, que faziam dele uma das sociedades convivenciais mais admiráveis de que se tem memória. Isso explica o muito que custou ao Estado (espanhol) liquidar dita formação social, que foi capaz de resistir, com mais sucesso que nenhuma outra da península Ibérica, 15 a pressão para o individualismo, a veneração pelo Estado, o culto pelo dinheiro, a genuflexão perante o empresariado e a devoção pela tecnologia, em soma, o desajeitado afã por uma vida sem liberdade, servil, amoral, sórdida, ambientalmente destrutiva, virada na satisfação dos apetites do ventre, mais própria de porcos que de seres humanos. É a que provém do par Estado-capital e a que os escritos dos autores desenvolvimentistas encomiam, mais ainda, impõem ao povo através do seu monopólio da emissão de ideias, atropelando a liberdade de expressão e, sobretudo, a liberdade mais determinante de todas, a de consciência, a cada dia espezinhada pelas elites mandantes. Uma revolução que estabeleça uma sociedade razoavelmente livre tem de pôr fim a tais excessos.
Capítulo IV. Os efeitos da liquidação do «atraso»:

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