O monte é nosso

Olá que tal!

Os videos que van de seguido mostran moi ben cal foi a usurpación das terras veciñais polo Estado e a querencia que nosos antergos tiñan pola súa terra.

 

Este vídeo relata a história da luta das pessoas do rural galego polo direito ao monte, que historicamente sempre foi de propriedade comunal, onde as pessoas iam buscar lenha, colocavam os animais para pastar e coletavam produtos alimentícios naturais, como a castanha ou as landras.
Desde o início das «revoluções» liberais do século XIX, as propriedades comunitárias foram expropriadas polo Estado e durante o franquismo os montes foram dedicados para as plantações de pinheiro e eucalipto, substituindo árvores fundamentais para alimentação, aquecimento e fertilização das terras agrícolas e acabando com as áreas de pastagem, além de terem as consequências naturais trágicas que já conhecemos: calcinação e esterelização da terra, esgotamento das fontes de água, e a alta propagação de incêndio. As consequências sociais também foram desastrosas: as populações rurais não tendo mais como sobreviver no campo, viram-se forçadas em grande número ao êxodo para as cidades e à emigração ao exterior.
Para além de servir como fonte de matéria prima para as indústrias contaminantes de celulose de propriedade estatal, os montes e vales de propriedade comunal também se tornaram estéreis explorações mineiras, campo de treinamento do exército, conjuntos habitacionais de ricos, etc.
Para legitimar-se politicamente, a ditadura franquista impôs uma organização política municipal, os «axuntamentos», tirando de cena os tradicionais «concelhos abertos» paroquiais e de aldeia, onde as pessoas se reuniam para decidirem em democracia direta sobre as suas comunidades. E também, como os montes eram comunais, não havia escrituras que determinassem a sua propriedade, o que facilitava a sua apropriação polo Estado a fim de torná-las propriedades «públicas» (estatais) ou privadas (particulares).
O filme é de 1978, três anos depois da morte de Franco, e dura quase trinta minutos. É muito bom para entender esse aspecto da questão agrária na Galiza.

E aquí o Nodo falando dos logros que o Estado faría ca repoblación duns montes que o parecer nosos antergos, como eran eles tan «atrasados e pailáns» no sabían manexalos axeitadamente…

http://www.rtve.es/alacarta/videos/revista-imagenes/repoblacion-forestal/2873785/

Apertas

César